segunda-feira, 6 de junho de 2011

Rousseff e Chávez sustentarão primeiro encontro bilateral





  
Imagen activaBrasília, 6 jun (Prensa Latina) Os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e da Venezuela, Hugo Chávez, sustentarão hoje aqui seu primeiro encontro bilateral destinado a fortalecer a aliança estratégica assinada entre ambos países em 2005. Fontes do Ministério brasileiro de Relações Exteriores indicaram que a reunião entre Rousseff e Chávez será uma oportunidade para apresentar novas iniciativas de cooperação bilateral, com atenção especial na integração fronteiriça.

Agregaram que no âmbito da aliança estratégica, as duas nações executam planos inovadores nas áreas de planejamento econômico, desenvolvimento regional, colaboração industrial, produção agropecuária, habitação e financiamento de moradias, gerenciamento de crise de abastecimento e acesso a serviços bancários.

Venezuela e a região Norte do Brasil têm economias complementares, apontaram as fontes diplomáticas, que sublinharam a existência de um grande potencial para o desenvolvimento de planos de integração fronteiriça, com benefícios para as populações dos dois países.

Detalharam que já está em operação a extensão da rede de fibra óptica venezuelana em território brasileiro, que tem permitido o acesso a conexões de alta velocidade nos estados de Roraima e Amazonas, e a ampliação da linha de transmissão da hidroelétrica de Guri, que abastece 90 por cento da eletricidade de Roraima.

As fontes destacam que a Caixa Econômica Federal e o Banco da Venezuela abriram agências na zona limítrofe, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento de pequenos negócios e o comércio exterior. Indicaram também que a Venezuela adotou o padrão nipo-brasileiro de TV Digital.

A chancelaria brasileira exalta que o encontro entre Rousseff e Chávez ocorre em um momento de recuperação do comércio bilateral. Depois de um retrocesso em 2009, devido à crise financeira internacional, em 2010 as trocas comerciais ascenderam a 4,6 bilhões de dólares, cerca de 11,8 por cento superior ao ano anterior.

Desse total, 3,8 bilhões de dólares correspondem a exportações brasileiras, um aumento de 6,7 por cento em comparação com 2009, enquanto as exportações venezuelanas somaram 832 milhões de dólares, ao redor de 43,2 por cento a mais que há dois anos.

As estatísticas acrescentam que nos quatro primeiros meses de 2011 o fluxo comercial Brasília-Caracas ultrapassou o 1,5 bilhão de dólares. Além disso, o Brasil tem investimentos na Venezuela em infraestrutura -hidroelétricas, estradas e metrô-, siderurgia, petroquímica, construção naval e indústria de processamento de alimentos.

Notas jornalísticas de Caracas referem que em seu programa semanal Alô Presidente, Chávez informou que temas de integração regional, desenvolvimento industrial e agrícola, financeiros, energéticos e de infraestrutura centrarão a agenda da primeira reunião trimestral com Rousseff.

De acordo com Chávez, a reunião com a chefe de Estado anfitriã também potenciará os vínculos no setor agropecuário, particularmente beneficiosos para a Venezuela. Temos projetos de desenvolvimento agroindustrial, como os matadouros, a avicultura e o impulsionamento à soja, disse.

O presidente venezuelano assinalou também o interesse de conversar sobre a unidade regional e, em específico, sobre o rendimento definitivo de Caracas ao Mercosul (só falta a aprovação do Congresso do Paraguai) e o nascimento em julho próximo da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos.

mv/ale/es

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