Presidente venezuelano faz visita oficial ao Brasil nesta segunda-feira
Priscilla Mendes, do R7, em Brasília
Roberto Stuckert Filho/PR
Presidente Dilma Rousseff cumprimenta Hugo Chávez durante cerimônia oficial da chegada dele ao Brasil
Em visita oficial a Brasília nesta segunda-feira (6), o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, lembrou dos “oito anos maravilhosos” com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pediu à sua sucessora, Dilma Rousseff, ajuda para consolidar a América Latina como uma “zona de paz”.
Chávez disse que o Brasil é “uma pátria cada dia mais amada” e relembrou da primeira vez em que viu Dilma, na época ministra da Casa Civil. O presidente contou que ainda não a conhecia e que teve que perguntar ao colega Rafael Correa, presidente do Equador, quem era “essa mulher”.
- Eu confesso a minha ignorância porque eu não a conhecia apesar da sua trajetória. Eu perguntei ao Rafael [Correa, presidente do Equador] quem é essa mulher? Não estou dizendo que tive uma premonição, mas somente então nesse momento eu vi aquela figura para essa nova hora de nossa realidade. Por isso me dá uma grande alegria, grande emoção de estar nessa primeira reunião.
O político declarou que não quer invasões nem bombardeios e disse contar com a ajuda brasileira para fazer “justiça social”.
- Temos que consolidar nossa America Latina como uma zona de paz aqui não queremos mais guerras, não queremos mais invasões, não queremos bombardeios. Nós, unidos, conscientes e nos integrando cada dia mais.
Chávez desejou "força" a Palocci
O discurso de Chávez durou pouco mais que 20 minutos e foi descontraído, fazendo referências a Lula e à relação já amistosa que ambos os países cultivaram nos últimos oito anos. Diferentemente da fala de Dilma, que leu um discurso técnico e focado nas áreas de cooperação técnica e nos números da balança comercial entre Brasil e Venezuela.
Ao final do discurso, Chávez mencionou ainda o nome do chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, que integrou o primeiro mandato de Lula e que hoje enfrenta acusações de tráfico de influência e enriquecimento ilícito. Mais cedo, ao chegar ao Palácio do Planalto, o venezuelano abraçou o ministro e lhe desejou “força”.
- Trabalhemos duro para firmar nosso relacionamento e acelerá-lo, para cumprirmos e reafirmarmos nosso relacionamento maravilhoso dos oito anos Lula, com você [Dilma] com Palocci, que esteve sempre junto, porque é praticamente a mesma equipe.
Acordos em várias áreas foram assinados
A presidente Dilma, em discurso técnico, disse “muchas gracias” por Chavéz ter aceitado o convite e mostrou dados da balança comercial entre ambos os países, que no ano passado fechou em R$ 4,7 bilhões, segundo ela.
Ministros venezuelanos e brasileiros de diversas áreas assinaram uma série de atos de parceria em áreas como petróleo, construção civil, comércio e agricultura.
- Os tempos nos colocam desafios fortes em todas as áreas, na economia, política, cooperação internacional, desafio científico e, sobretudo, no plano social. Queremos promover melhoria das condições de vida nos nossos países e tenho certeza que a Venezuela por sua política interna e o Brasil, agora pelo Brasil Sem Miséria, serão capazes.
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