Venezuelanos votam em calma e candidatos discordam sobre participação
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EFE
Venezuelanos votam em calma e candidatos discordam sobre participação
Caracas, 14 abr (EFE).- Os venezuelanos votaram neste domingo com calma e normalidade para escolher seu novo presidente no meio de uma polêmica entre o chavismo e a oposição pelos números da participação popular.
Para os chavistas, a quantidade de eleitores que está participando do processo está quebrando recordes, o que os oposicionistas negam.
O candidato governista, Nicolás Maduro, e o líder da oposição, Henrique Capriles, concordaram no entanto em convocar os venezuelanos a votarem para escolher o presidente que concluirá o mandato iniciado por Hugo Chávez em 10 de janeiro.
Pouco após votar, Maduro disse que oito horas e meia depois da abertura das zonas eleitoras, 11,5 milhões de cidadãos já tinham exercido seu direito ao sufrágio e que a participação popular seria um 'recorde'. Ao todo, 18,9 milhões de venezuelanos foram convocados a participar destas eleições.
'Hoje estamos aqui, as notícias são muito boas, os senhores sabem, estão se quebrando recordes de participação em todo o país', afirmou Maduro em um colégio de Caracas.
O candidato pediu para que os venezuelanos continuassem votando e que não há desculpas para não se participar das eleições. Maduro afirmou ainda que se tivesse uma 'máquina dos sonhos' pediria uma participação popular de 100%.
Maduro falou depois que seu chefe de campanha, Jorge Rodríguez, afirmou que até às 11h30 locais (13h de Brasília) oito milhões de pessoas já tinham votado.
A campanha opositora colocou em dúvida o número dado por Rodríguez e assegurou que sete milhões de cidadãos tinham votado até esta hora.
O coordenador político estratégico do comando opositor, Ramón Guillermo Aveledo, considerou que Rodríguez estava 'dizendo um número de sua própria inspiração' e afirmou que a participação era inferior.
'A estimativa do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para esse momento é que sete milhões de pessoas tinham votado', disse Aveledo, frisando que este é 'é o número verdadeiro' e o usado por sua campanha.
As primeiras horas das segundas eleições presidenciais em seis meses não registravam as longas filas vistas na votação passada, realizada em outubro do ano passado, quando Hugo Chávez obteve seu terceiro mandato consecutivo.
Capriles também se referiu ao assunto após ter votado e acusou Rodríguez de querer 'incomodar' com a divulgação de números sobre a participação.
Vestido com um jaqueta da seleção venezuelana de futebol de cor branco e seus sapatos da sorte, o opositor pediu que seus seguidores saíssem às ruas para votar.
'Agora vem a avalanche até o fechamento do processo de votação e depois, muito importante, as auditorias cidadãs', disse.
Até o momento, o CNE não deu números sobre a participação, que em outubro chegou a 80% dos cidadãos. Na Venezuela, o voto não é obrigatório.
A jornada eleitoral começou às 6h locais (7h30 de Brasília), com alguns atrasos em algumas zonas. O processo irá se encerrar às 18h locais (19h30 de Brasília).
Na metade da jornada, a presidente do CNE, Tibisay Lucena, disse que a votação estava transcorrendo sem novidade.
'Normalmente a esta hora do dia sempre digo as novidades, mas nesta ocasião a novidade é que não há novidades', afirmou.
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