02/03/2008 - 15h36
CARACAS, 2 Mar 2008 (AFP) - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ordenou neste domingo a mobilização de 10 batalhões do exército na fronteira com a Colômbia, assim como aviões da Força Aérea.
Além disso, Chávez exigiu a retirada de todos os funcionários da embaixada do país em Bogotá, depois do ataque militar do Exército colombiano em território equatoriano contra o número dois das Farc, Raúl Reyes.
"Ordeno de imediato a retirada de todo nosso pessoal da embaixada de Bogotá. Que se feche a embaixada de Bogotá. Chanceler (Nicolás) Maduro, por favor, feche nossa embaixada e mande que voltem todos nossos funcionários", disse Chávez.
O presidente venezuelano disse que falou na manhã desse domingo com o mandatário equatoriano, Rafael Correa.
O Equador está "mobilizando tropas para o norte. Correa conta com a Venezuela para o que quer que seja, em qualquer circunstância", assinalou Chávez.
"Não queremos guerra, mas não vamos permitir que o império nem o seu cachorro nos venham debilitar", acrescentou.
A decisão do presidente venezuelano de fechar a embaixada acontece após a morte do número dois das Farc, Raúl Reyes, na madrugada de sábado em uma operação do Exército colombiano em território equatoriano.
Chávez, que mantém uma relação tensa com o presidente colombiano Alvaro Uribe, ordenou em novembro a retirada do seu embaixador em Bogotá, Pavel Rondón, depois da decisão de Uribe de encerrar a mediação do presidente da Venezuela com as Farc.
O mandatário advertiu Uribe nesse sábado, afirmando que, na Venezuela, um ato similar ao ocorrido no Equador seria considerado um ato de guerra.
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